segunda-feira, 26 de setembro de 2016

24 dias com Billy...



Confesso, quando soube que seria ele, não fiquei nem um pouquinho feliz. Fiz cara de desaprovação e desdém total, uma maldade, eu sei, afinal, eu acredito que todo ser vivo é filho de Deus e merece nosso respeito. Acontece que ele veio todo fora do planejado, era macho e pra apartamento seria péssimo, uma vez que, macho adora sair marcando território e era a última raça (pequena) que cogitaríamos por conta das muitas más experiências com Shih tzus que conhecemos de outras pessoas. Quando começou a aparecer a possibilidade de termos um cachorro, a princípio, as únicas exigências que tínhamos era que fosse uma raça pequena, por conta de morarmos em apartamento e que fosse fêmea, pelo mesmo motivo.
Sem planejar, ficamos sabendo que a Yorkshire de uma conhecida ia ter filhotinhos e que eles iam ser doados. Na mesma hora me animei e perguntei, caso viesse uma fêmea, se ela poderia ser da gente, pergunta pra qual prontamente obtive resposta positiva. Acontece que houve uma complicação no parto e de todos os filhotinhos restou apenas um, macho. Caso queira saber, a nossa conhecida acabou entregando o machinho pra mãe dela que resolveu criá-lo.
Pesquisando vários canis, fomos até um onde praticamente todos os filhotinhos já estavam reservados à alguém, restavam apenas um Buldogue Francês e alguns Shih tzus, entre eles, uma fêmea. Já estava tudo certo, mamãe ia levar a pequenininha mesmo sendo de uma raça que não nos trazia boas lembranças, a pressa e vontade de ter um cachorrinho eram maiores que a lógica. Por ela, nós a levaríamos naquela noite mesmo, só que tínhamos (e iríamos) que esperar mais 15 dias até que fosse concluído o desmame. Aconteceu então que, uns dias depois, por desvio de percurso, fomos a um pet shop comprar alguns brinquedinhos pro cachorrinho que minha irmã havia comprado há uns dois dias (ela quase levou um do mesmo canil que fomos junto com o marido dela e mamãe, só que diferente de nós, ela não se comprometeu de levar algum). Na vitrine, 4 filhotinhos de Shih tzu estavam amontoados meio que dormindo, meio que atentos à movimentação diferente. Aí já viu, né? Um tal de querer pegar no colo pra fazer carinho e pronto! Quando fui ver, ali mesmo, sem aviso prévio, mamãe decidiu que levaria um e, pra minha surpresa maior, não bastava ser da raça que eu não queria (e nem ela), ela ainda vai e pega o único macho no meio dos 4! Socorro! Aí volta pro momento em que escrevi lá em cima, onde fiz cara de desaprovação e desdém total. Nem sequer eu queria pegar o bichinho no colo e na minha cabeça só passava que a gente ia se arrepender pela escolha, mas mamãe não! Mamãe estava completamente decidida e eu não podia fazer nada. Já me estressei ali mesmo com a escolha do nome enquanto o levaram para tomar um banho antes de nos entregar. Estávamos em cinco e ninguém chegava a um acordo com relação à identidade que daríamos a ele que, em registro (porque, né? O cabrunquinho já veio com Pedigree) se chamava Bart Rio Bonito. Um nojo, eu sei.
Passados uns 20 minutos, desce a moça com ele de bonezinho vermelho feito de biscuit amarrado na cabeça, e eu me prontifiquei de segurá-lo. O que que aconteceu? Pronto! Me vi apaixonada e não pude fazer nada contra isso. Levamos à veterinária que trabalha lá mesmo para uma avaliação e explicações rápidas e ele, aquela bola de pêlo molenga, sorrateiramente já era parte da família.
(Continua...)
            Rachel

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