terça-feira, 27 de setembro de 2016

24 dias com Billy... (continuação)


            Tudo bem que agora são 25 dias com Billy mas, o que importa é o intuito da postagem: a evolução (ou não) desse fofo-vontade-de-aaaaaai! Vamos então por etapas.
  •         SETE DIAS COM BILLY
- Logo na vinda dele pra casa, descobri que ele é um bom João Gasolina. O trouxemos de carro minha madrinha e eu, enquanto mamãe, minha irmã e meu cunhado ficaram pra resolver algumas coisas na rua. Inquieto que só, o cabrunquinho só sossegou quando o carro ligou, o vento do ar condicionado rufou e começamos a nos locomover. Bicho folgado!

- Quase morreu antes mesmo de completar sete dias com a gente. Pois é, já chegou quase matando a gente de susto. Engasgou com um material vermelho que tinha dentro do ossinho que foi comprado pra ele (segundo a loja, esse material é normal, tem em todos os ossinhos que eles vendem e não oferece perigo algum ao animal – imagina, pode matar só!). Sufocou, o troço nem entrava, nem saía. Depois de algum tempo ele conseguiu pôr pra fora e caiu desfalecido, mole, mole e não respondia ninguém. Pronto, morreu (todo mundo pensou)! Depois descobrimos que se ele esboçar qualquer cansaço ou dormir, uma vez que deita, podemos pegá-lo do jeito que tá que, mole ele está, mole ele fica.

- Não tem classe nenhuma pra comer, depois que aprendeu a identificar o barulho do pacote de ração, é só ouvir que já vem igual a um jato! Aliás, essa é a única coisa que faz ele reviver imediatamente mesmo que já estivesse desfalecido. Mal estamos descendo a ração, ele já está pulando e cabeceando o pote (quem vê, acha até que passa fome). O tempo que levo pra fechar o pacote com o pregador e guardar, é o tempo que ele leva pra comer a ração, ou seja, mais ou menos 8 segundos.

- Noção de perigo e espaço, conhece? Pois é, Billy não. Como ele ainda é pequeno, não dá altura pra subir nas camas e nem no sofá, assim como também não consegue descer, mas já aprendeu que é só latir ou choramingar um pouco que, “voalá” (não sei escrever em francês), num passe de mágica alguém o resgata. Se fosse só isso estava bom, acontece que ele não sabe calcular a altura, acha que dá pra ir e, simplesmente vai, assim, se estabacando no chão, aí a gente tem sossego? Não! Porque a qualquer momento Billy pode estar se atirando de algum lugar.

- Onde senta ou deita, ele fica. Você quer abrir ou fechar a geladeira, as portas ou seu armário e não pode. Por quê? Por que ele simplesmente não se mexe mesmo você dizendo pra ele sair e, se por um acaso ainda assim você decidir abrir ou fechar o que tiver que abrir ou fechar, vai sair no mínimo arrastando ele pelo caminho ou vai ter que tirá-lo de onde ele está.

- Carinho? Impossível! Ele te morde o tempo todo! É encostar nele e ele já finca em você os dentinhos que mal tem.

- Adora morder fios.

- Adora dormir pendurado, em lugares perigosos tipo, de barriga pra cima na beirada da cama e, como ele ainda não tem noção de altura, você tem que escolher quem vai dormir, ele ou você e, adivinha quem ganha? Billy não dorme nas camas ou sofás no geral, até porque, ele tem a caminha (apesar de preferir dormir no chão, no canto do sofá), só quando a gente está muito cansado e ele acorda do nada latindo pra subir insistentemente é que pegamos ele. Outra coisa, não sabe deitar e ficar, até dormir ele muda de lugar e posição de cinco em cinco minutos, ou menos.

- Acorda a gente latindo de madrugada, mais precisamente a partir das 4:30. Não sei o que acontece, ele acorda e fica latindo pra subir na cama, no sofá, não importa onde você esteja dormindo. Se fosse só isso tudo bem, mas aí entra a questão de que ele não deita e fica. A gente o pega, mas ele fica se remexendo, mudando de posição e aí é aquela aflição tomando conta pra ver se ele vai despencar ou não. Sem contar que não demora muito, ele começa a latir pra descer. Gente, sério, vontade de matar!!

- É um patetinha, o cachorro da minha irmã pinta e borda com ele e ele não sabe se defender.

- Fui ligar o liquidificador e o pobre coitado, ainda não acostumado com furdunço, deu um pulo pra trás e saiu correndo em disparada em direção à sala. Fiquei com pena, depois de rir um bocado, claro!

- Não tem freio, nem percepção das coisas. Ele tem como brinquedos um osso (esse não tem o troço assassino dentro e ele demora muito pra destroçar - o ossinho anterior foi o cachorro da minha irmã que comeu metade num piscar de olhos apesar de ser dois dias mais novo que Billy), uma meia velha, uma bolinha e uma girafa de plástico que faz barulho. O ossinho e a bola ele não liga, a meia eu jogo e ele nem consegue ver pra onde foi mesmo estando na reta dele, aí o que restou foi a girafinha que quando eu jogo ele segue o barulho e consegue achar, o problema é que freio pra ele não existe. Eu jogo o brinquedo e ele simplesmente desembesta e passa direto ou capota por cima da pobre girafa, vulgo "Gigi". Ás vezes jogo Gigi muito forte ou próxima demais da parede ou algum móvel e o que acontece? Lá vai Billy passando direto, freando só quando bate com a cabeça na parede ou no que tiver pela frente. Isso, quando ele pega o brinquedo, esquece de trazer de volta e eu tenho que ficar levantando pra buscar e jogar de novo. Ele ainda não tá ligado que funciona da seguinte maneira: eu jogo, ela pega, traz pra mim, eu jogo de volta e assim segue o ciclo.

- Ainda sobre o lance do espaço, se você está lavando louça, cozinhando, sentado fazendo qualquer coisa, lá estará ele, literalmente embaixo dos seus pés. Mais fácil você tropeçar, bater na quina e quebrar um dente do que ele se mover.

- Tudo o que vê, ele morde ou põe na boca: chinelo, lasca de madeira que só Deus pra saber como e onde ele consegue arrancar, laço, planta, cola... enfim, o que tiver pelo caminho, com certeza em algum momento vai estar na boca dele se você não tirar antes.

- Não bastando tudo isso, vem a surpresa, a maior de todas, a mais legal, a mais linda: ele come cocô! E não é no sentido figurado da coisa, é no literal mesmo. Cachorro tão caro desse, com Pedigree e tudo e me faz uma dessas, se fosse Vira Lata, certeza que seria um cavalheiro.
(continua)
             Rachel

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