sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Sobre bicicletas...



Vendi minha bicicleta! Minha Caloi 100 linda, meu primeiro investimento real de toda a vida, minha bichinha! Comprei dia 7 de dezembro de 2011, uma quarta feira (não sei porque tinha na minha cabeça que foi em 2009) e escrevi num blog antigo o seguinte sobre ela:
“E quanto ao dinheiro que iria gastar com a depilação a laser, investi numa bicicleta nova. Ela chegou ontem aqui em casa, depois de muita ansiedade minha durante duas horas esperando. Linda, linda! Amanhã, se Deus quiser e fizer um solzinho, estou estreando minhas lindas pernas brancas e minha linda bicicletinha prata! Tô feliz à beça!”
            De fato, ela me trouxe muitas alegrias, percorreu muitos quilômetros e “mudou” comigo de cidade no período em que fiz faculdade. Quando voltei, obviamente que ela voltou comigo! Me manteve ativa, viva, livre e ainda mais feliz, já que pedalar é uma das coisas que mais amo. Confesso que, apesar disso, não sou nenhuma pessoa neurótica com bicicletas, não sou dessas que fica limpando e cuidando minuciosamente. Eu pedalo e guardo, às vezes, uma vez ou outra jogo uma água e deixo secar sozinha. Só isso!
            Confesso também, achei que ia ser bem mais difícil me desapegar dela, uma vez que como eu disse, foi meu primeiro investimento real e eu realmente era apaixonada por aquela bicicleta, porque oh, guerreira a bichinha (!), mas não estava mais suprindo minhas necessidades. Namorado até comprou um monte de peças novas depois que reclamei que ela estava estalando um pouco. Comprou as marchas, pedivela, o apoio pras mãos (nem sei o nome), lanterninhas, a levou pra montarem com os novos equipamentos mas, não deu muito jeito. O cara não alinhou muito bem, o pedivela era maior do que devia, o freio ainda estava ruim, enfim, foi um desânimo muito grande ainda mais pela parte do namorado. Com isso, passei a usá-la somente para ir pro trabalho que é bem pertinho de casa. Pedalar longas distâncias já não dava mais. Usar a bicicleta do meu irmão também, nem pensar, é maior que o tamanho correto pra mim e acabava machucando minhas costas porque a posição fica muito desconfortável pra mim. Enfim, a sensação de liberdade que sentia quando pedalava eu já não estava tendo tanto.
            Depois dessas, namorado colocou na cabeça que eu tinha que ter uma outra bicicleta, nas palavras dele “uma bicicleta de verdade” tipo, uma foda pra eu poder pedalar a distância que bem entendesse e na velocidade que bem entendesse. Eis então que nesse fim de semana, namorado pelas “internets” da vida, descobre um cara que estava vendendo uma dessas bicicletas “de verdade” e já veio todo empolgado querendo comprar. Achei o valor muito puxado mas, o entendido disse que valia a pena, que estava saindo quase de graça, que uma daquelas valia o dobro do preço, que a minha que não tinha nada foi SETECENTOS REAIS, e que essa com tudo tava muito em conta, enfim... não sossegou até ouvir meu “sim” pra bicicleta. Decidi que iríamos ver e chamamos o cunhado dele (outro ainda mais entendido) pra ajudar a avaliar pra termos certeza de que valia a pena.
            Na segunda, dia 30, fomos no trabalho do cara avaliar a bicicleta que estava num galpãozinho desde o Natal de acordo com ele próprio. Aprovada por todos, tudo ok, ficamos de voltar na noite seguinte com o carro de papai pra buscar. Chegando lá na terça quase 21:30, horário combinado, tudo fechado! Liga pro cara, nada de atender. Ficamos como? Putos! Voltamos para casa de mãos abanando e depois de muita luta, namorado consegue contato com o cara que revelou o seguinte: o porteiro simplesmente resolveu sair mais cedo (provavelmente se esquecendo que iríamos lá). Ficamos na mão. Combinamos de voltar no outro dia de manhã, antes do trabalho. Na quarta, dia 1º, fomos buscar o Antônio (o cara que nos vendeu) em casa e o levamos pro trabalho dele onde estava a bicicleta. Tudo certo, enfiamos no carro de papai e levamos na oficina pra buscar no outro dia. Ontem então, finalmente tive a bicicleta definitivamente em minhas mãos! Uma diferença enorme se comparada à minha bicicletinha amada. Ainda não tive a oportunidade de pedalar direito para ver se me adapto (o banco é duro e não estava numa posição muito boa pra mim, o freio é muito sensível, corre bem...), caso contrário, já tem gente de olho, namorado e cunhado do namorado que já disse, desde o primeiro dia que, se eu não quiser, ele quer! (¬¬)
            Ontem namorado veio pra colocar o banco mais pra frente para que eu alcançasse melhor o guidão, mas estava muito tarde pra eu testar. Domingo finalmente devo estreá-la caso não chova até lá! No momento, sigo na ansiedade do aguardo (a redundância é pra dar ênfase mesmo), assim como segui até receber  minha bicicletinha Caloi em casa lá em 2011! 
           Mas sabe o que me conforta? É que sei que ela está em tão boas mãos quanto as minhas e que ela faça o seu novo dono tão feliz quanto me fez.
             Rachel