segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Sobre trabalhar com o namorado...



De maneira geral, todo mundo certamente diria que trabalhar com a pessoa com quem se relaciona é a pior coisa que um ser humano poderia escolher pra si, pois, como se já não bastasse os ditos cujos se verem todos os dias, esse tempo aumentaria para “o dia inteiro”. Pois bem, como mamãe já cansou de me dizer, “eu não sou todo mundo”, então, há quase um mês comecei a trabalhar na mesma empresa que o namorado. Nos vemos todos os dias, de segunda à sexta das 17 às 21 horas e aos sábados, das 9 da manhã à 1 da tarde. Não obstante, aos sábados saímos do trabalho juntos e rumamos à casa dele (que mora com os pais) onde, nos últimos muitos finais de semana eu tenho dormido, e se bobear, só volto pra casa (sim, tenho casa por incrível que pareça) no domingo à noite quando não tem mais jeito. Ou seja, de segunda à segunda estamos juntos e, nos horários em que não estamos, o celular serve de aproximação dos dois por conta das inúmeras mensagens trocadas ao decorrer do dia até ele chegar no trabalho. O mais incrível disso tudo, é que quando nosso turno acaba, às vezes no caminho mesmo antes de ele me deixar em casa, já estamos chateados, com saudade um do outro.
Quando ouço alguém que trabalha com o conjugue reclamando que já não basta olhar pra cara todo o dia em casa ainda tem que ver no trabalho ou, dizendo que Deus o livre de trabalhar com a pessoa, sinceramente, eu às vezes acho que não é verdade. Ou no mínimo, o que é até grande coisa, não é amor. Quando você ama alguém de verdade, não acho possível que você não deseje a presença dessa pessoa a maior parte do tempo. Não estou dizendo que os casais devem virar uma pessoa só, ou passar todas as horas dos 365 (às vezes 366) dias do ano grudadas, pra mim já é doença, mas sim, fazer daquele tempo em que estão juntos, os melhores. Demonstrar afeto, abrir um sorriso por ver a pessoa, jogar um “eu te amo” rabiscado num papel quando ela passar por você, trocar mensagens no intervalo... quando chegam em casa, essas delicadezas também não devem se acabar porque, são esses pequenos gestos que fazem a vontade de estar com a pessoa crescer, independente de quanto tempo passem juntos ao longo da semana.
Casais que passam muito tempo juntos e reclamam disso, não devem ser casais de verdade, podem até ser casais que se casam, porque casar, qualquer um casa, mas amar, só casais de verdade amam.
Rachel