De
maneira geral, todo mundo certamente diria que trabalhar com a pessoa com quem
se relaciona é a pior coisa que um ser humano poderia escolher pra si, pois,
como se já não bastasse os ditos cujos se verem todos os dias, esse tempo
aumentaria para “o dia inteiro”. Pois bem, como mamãe já cansou de me dizer, “eu
não sou todo mundo”, então, há quase
um mês comecei a trabalhar na mesma empresa que o namorado. Nos vemos todos os
dias, de segunda à sexta das 17 às 21 horas e aos sábados, das 9 da manhã à 1 da
tarde. Não obstante, aos sábados saímos do trabalho juntos e rumamos à casa
dele (que mora com os pais) onde, nos últimos muitos finais de semana eu tenho
dormido, e se bobear, só volto pra casa (sim, tenho casa por incrível que
pareça) no domingo à noite quando não tem mais jeito. Ou seja, de segunda à
segunda estamos juntos e, nos horários em que não estamos, o celular serve de
aproximação dos dois por conta das inúmeras mensagens trocadas ao decorrer do
dia até ele chegar no trabalho. O mais incrível disso tudo, é que quando nosso turno acaba, às vezes no caminho mesmo antes de ele
me deixar em casa, já estamos chateados, com saudade um do outro.
Quando
ouço alguém que trabalha com o conjugue reclamando que já
não basta olhar pra cara todo o dia em casa ainda tem que ver no trabalho ou,
dizendo que Deus o livre de trabalhar com a pessoa, sinceramente, eu às vezes
acho que não é verdade. Ou no mínimo, o que é até grande coisa, não é amor.
Quando você ama alguém de verdade, não acho possível que você não deseje a
presença dessa pessoa a maior parte do tempo. Não estou dizendo que os casais
devem virar uma pessoa só, ou passar todas as horas dos 365 (às vezes 366) dias
do ano grudadas, pra mim já é doença, mas sim, fazer daquele tempo em que estão
juntos, os melhores. Demonstrar afeto, abrir um sorriso por ver a pessoa, jogar
um “eu te amo” rabiscado num papel quando ela passar por você, trocar mensagens
no intervalo... quando chegam em casa, essas delicadezas também não devem se
acabar porque, são esses pequenos gestos que fazem a vontade de estar com a
pessoa crescer, independente de quanto tempo passem juntos ao longo da semana.
Casais
que passam muito tempo juntos e reclamam disso, não devem ser casais de
verdade, podem até ser casais que se casam, porque casar, qualquer um casa, mas
amar, só casais de verdade amam.
Rachel